O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que a cervejaria Backer retire de circulação todas as cervejas e chopps produzidos desde outubro do ano passado até a data de hoje. A suspensão da venda se mantém até que fique assegurado que os outros produtos da Backer não estejam contaminados com produto tóxico. “A medida é para preservar a saúde dos consumidores”, disse o ministério, em nota.
Na semana passada, exames laboratoriais realizados pela Polícia Civil de Minas Gerais identificaram a presença da substância dietilenoglicol em amostras de ao menos dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer. Uma pessoa morreu e pelo menos dez pessoas foram intoxicadas após consumirem a cerveja.
Segundo a própria empresa, o dietilenoglicol não é parte do processo de produção de cervejas, o que levanta a hipótese de sabotagem. De acordo com o ministério, em nota, não existem evidências laboratoriais de presença da substância em outros produtos da Backer. “Estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”, acrescentou o ministério.
A cervejaria teve a fábrica interditada pelo ministério e 139 mil litros de cerveja e 8,4 mil litros de chope já tinham sido apreendidos, na semana passada. Hoje, a Polícia Civil informou que um terceiro lote da Belorizontina também está contaminado. Também foram encontrados vestígios de dietilenoglicol e monoetilenoglicol, também tóxico, em equipamentos de resfriamento usados na produção da cerveja.