A cesta básica de Porto Alegre registrou aumento de 8,95% ao longo de 2019, encerrando o ano com o valor de R$ 506,3. Em 12 meses, dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, nove ficaram mais caros, com destaque para a carne que registrou majoração de 31,65%. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira.
Outros itens que puxaram para cima o conjunto de alimentos básicos foram a banana (15,38%), a batata (10,13%), a manteiga (8,66%), o óleo de soja (6,07%), o arroz (5,62%), o açúcar (3%), o pão (1%) e o leite (0,7%). Por outro lado, quatro itens ficaram mais baratos: o tomate (-31,81%), o café (-7,57%), o feijão (-2,30%) e a farinha de trigo (-2,12%).
Na passagem de novembro para dezembro, o valor do conjunto de bens alimentícios básicos registrou alta de 11,56%. Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, oito ficaram mais caros: o tomate (42,89%), a carne (21,76%), a batata (8,36%), o café (3,4%), o óleo de soja (2,82%), a manteiga (1,74%), o feijão (0,43%) e o leite (0,37%). Em sentido contrario, cinco itens caíram de preço: a banana (-7,91%), o arroz (-1,40%), a farinha (-1,34%), o açúcar (-0,83%) e o pão (-0,66%).
Em dezembro, o valor da cesta básica representou 55,14% do salário mínimo líquido, contra 49,43% em novembro de 2019 e 52,95% em dezembro de 2018.
No período, o valor da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, entre dezembro de 2018 e 2019, foram registradas em Vitória (23,64%), Goiânia (16,94%), Recife (15,63%) e Natal (12,41%). A menor variação positiva ocorreu em Salvador (4,85%). Em Aracaju, o acumulado em 12 meses foi negativo (-1,89%).
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a do Rio de Janeiro, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em dezembro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.342,57 ou 4,35 vezes o mínimo de R$ 998.