Uma das obras prometidas para a Copa do Mundo de 2014, a duplicação da avenida Severo Dullius segue parada e muito pouco avançou. Quem circula pelo local vê apenas os alicerces colocados no início dos trabalhos, cobertos por terra e muito entulho de obra e lixo.
No dia 3 de junho, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) assinou a ordem de serviço de retomada da obra. De acordo com a empresa Procon, responsável pelos trabalhos, foram aterrados e pavimentados aproximadamente 500 metros da via, no trecho que vai até a avenida Sérgio Dietrich. Após isso, mais nada avançou no local. Por acordo entre o Governo Municipal e a empresa Fraport, que administra o Porto Alegre Airport – Aeroporto Internacional Salgado Filho, os projetos para retomada das obras ficaram a cargo da concessionária.
Diretor da Procon, Marcos Pinheiro disse que a última informação recebida pela empresa é que a Fraport entregou a primeira parte do projeto em outubro, e que o material segue sob análise da prefeitura. “Nós não estamos participando deste processo, precisamos que o projeto seja aprovado para voltar a trabalhar. Agora depende mais da prefeitura do que de nós, temos um contrato e fizemos a nossa parte.”
A Fraport Brasil informou estar realizando “apenas os estudos de engenharia” atendendo um pedido da Prefeitura de Porto Alegre. Segundo a empresa, “essa é uma forma de contribuição ao município.”
Orçada inicialmente em R$ 71,5 milhões, mais R$ 14,8 milhões usados para desapropriação da Vila Dique, a duplicação da Severo Dullius deve facilitar a ligação entre a avenida Sertório e o aeroporto, além de também ser uma alternativa para quem utiliza a avenida dos Estados e a BR-116. Já foram pagos R$ 57,9 milhões à empresa responsável, com mais R$ 27,7 milhões de saldo e possibilidade de R$ 12 milhões em aditivos de contrato. A estimativa é que o custo final seja de R$ 122,3 milhões. Na última atualização o Governo Municipal afirmou que 49% da ampliação de 1,9 quilômetros havia sido concluída.
Com o recomeço dos trabalhos na via, o acesso de carros deve ser bloqueado na região. Procurada pela reportagem do Correio do Povo, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) não respondeu aos questionamentos sobre a obra até o fechamento da reportagem.