A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a 70ª fase da Operação Lava Jato. A ação tem como foco a coleta de provas de corrupção de agentes públicos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Segundo os investigadores, há indícios de formação de organização criminosa e de lavagem de dinheiro em contratos de afretamento de navios da empresa pública.
Os agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão, sendo um em São Paulo, 10 no Rio de Janeiro e um em Niterói, na região metropolitana do Rio. Em parceria com o Ministério Público, a PF ainda busca provas de corrupção por parte de pessoas e empresas que aparecem nos negócios investigados como intermediários. Os chamados brokers teriam corrompido funcionários da estatal para garantir negócios de fornecimento de transporte de produtos para a Petrobras.
De acordo com a nota divulgada pela Polícia Federal, há suspeitas de que algumas empresas teriam sido beneficiadas com informações privilegiadas. Os dados seriam referentes à programação de contratação de navios utilizados para transporte marítimo de petróleo e derivados da Petrobras. A PF indica ter evidências de pagamentos de propina a empregados da empresa pública. Três empresas teriam estabelecido mais de 200 contratos de afretamento de navios entre os anos de 2004 e 2015. Os valores envolvidos ultrapassariam R$ 6 bilhões.