Indicador que mede a desconfiança de investidores em determinada economia, o risco país caiu hoje para o menor nível em nove anos. O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil era de 100,2 pontos por volta das 17h, mas chegou a bater em 98,2 pontos por volta das 14h, a pontuação mais baixa desde novembro de 2010 (96,9 pontos), quando o país ainda tinha grau de investimento – selo de bom pagador.
O CDS funciona como um termômetro informal da probabilidade de um país dar calote no mercado financeiro global nos próximos cinco anos. Quanto mais baixo o indicador, maior é a confiança dos investidores.
Por meio da rede social Twitter, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge de Oliveira Francisco, comemorou a redução do risco país. “Risco Brasil chegou a 100 pontos, o menor desde 2012. Na última semana também tivemos a máxima histórica da Bolsa, que fechou cima de 112 mil pontos”, acrescentou.
Apenas na última semana, o risco país do Brasil caiu 14,43%, principalmente depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou de estável para positiva a expectativa da nota da dívida pública brasileira. A redução do CDS de países emergentes ganhou impulso após a conclusão da primeira fase das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
O otimismo com o alívio das tensões comerciais entre as duas maiores economias do planeta contribuiu para reduzir o risco país de diversas economias emergentes. Às 17h, o CDS do México era de 73,91 pontos; e o da Colômbia, de 69,79 pontos. Outros países emergentes, no entanto, permaneceram com risco mais alto que o do Brasil. O CDS da África do Sul era de 173,68 pontos; e o da Turquia, de 289,03 pontos no mesmo horário.