Governo descarta greve de caminhoneiros e reitera manutenção de diálogo

"A cada dia construímos uma solução nova", disse o ministro da Infraestrutura

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje acreditar que esteja descartada uma greve nacional de caminhoneiros, como a que ocorreu em maio de 2018.

“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que temos as portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no Ministério da Infraestrutura, em Brasília.

Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre a possibilidade de início de uma greve nesta segunda-feira, mas a maior parte dos representantes da categoria descarta o movimento.

De acordo com o ministro, o governo mantêm “excelente diálogo” com a maioria da categoria e já realizou, neste ano, seis encontros do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário De Carga (Fórum TRC). No início de dezembro, de acordo com ele, ocorreu a 35ª reunião de um grupo que representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 1.584 sindicatos e 75 federações.

Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das condições de trabalho e renda da categoria, o ministro citou a diminuição da multa por excesso de peso e a obrigação de concessionárias construírem pontos de parada e descanso na malha viária. Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema de documentação de transporte eletrônico e uma resolução que trata do código identificador da operação de transporte.

“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento portuário automático, diminuir a necessidade de ter atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.

O ministro disse ainda que nesta semana lança o projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao cooperativismo da categoria.