Número de assaltos a ônibus em Porto Alegre cai 78%, revela estudo

Em 2019, foram 74 presos pelo crime, entre janeiro e novembro

Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP

Os assaltos a ônibus em Porto Alegre tiveram queda de 78% nos últimos quatro anos desde a criação da Força-Tarefa de Combate a Roubos no Transporte Coletivo. Os dados foram divulgados durante a última reunião do ano do Fórum do Transporte Seguro, com base no levantamento da Carris, dos consórcios e informações da Brigada Militar e Polícia Civil. Conforme o estudo, tornado público nesta sexta-feira, o número de roubos passou de 855, entre de janeiro a novembro de 2016, para 185 no mesmo período em 2019. Mais de 308 prisões de envolvidos na prática de roubos ao transporte coletivo foram feitas desde março de 2016. Em 2019, foram 74 presos, entre janeiro e novembro.

O delegado Daniel Mendelski, da Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos em Transporte Coletivo, lembrou que a redução é fruto de um trabalho integrado com as forças de segurança, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), empresas e tripulações, que vêm auxiliando no reconhecimento de suspeitos e depoimentos à Polícia. Para ele, com “todo mundo se ajudando, a pessoa que deseja cometer o crime acaba não obtendo o sucesso esperado”.

O chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento da Capital (CPC) da BM, tenente coronel Danúbio Lisboa, destacou a importância da integração de informações e ações para o resultado obtido. “Não adianta só a Brigada Militar prender, a Polícia Civil fazer a parte da investigação e a EPTC melhorar o sistema. Hoje, com o sistema integrado, conseguimos diminuir drasticamente o número de assaltos a transporte coletivo em Porto Alegre”, afirmou. Segundo Lisboa, a efetividade das medidas implementadas decorre do aprimoramento das estratégias. “Nós temos horários de pico, temos zonas específicas, então a ação é naquele local, ela é mais pontual, fazendo com que ela seja mais efetiva”, destacou.

Já a Guarda Municipal reforçou o efetivo em alguns terminais de ônibus e em determinados horários que foram identificados como mais sensíveis. “O trabalho da segurança pública começa fracassado se uma só instituição entender que vai trazer para si a responsabilidade, então nada vai funcionar se não houver uma integração entre os órgãos, independente da esfera de governo”, avaliou o chefe de equipe operacional da GM, Franklin dos Santos Filho.