Justiça dá 48 horas para Estado se manifestar sobre ação contra projetos

Deputada Juliana Brizola (PDT) ajuizou pedido para derrubar regime de urgência em três projetos que alteram carreiras de servidores.

Foto: Divulgação/TJRS

O Desembargador Francisco José Moesch, do Tribunal de Justiça do Estado, concedeu um prazo de 48 horas para que o governador Eduardo Leite (PSDB) se manifeste sobre uma ação judicial movida pela deputada Juliana Brizola (PDT). A parlamentar solicitou um mandado de segurança que derrube o regime de urgência sobre três projetos do pacote que altera o plano de carreira dos servidores públicos. Os textos referem-se às alterações no magistério, nas carreiras militares e de servidores civis. A previsão é que as proposições sejam votadas na sessão de terça-feira (17) da Assembleia Legislativa.

O magistrado disse ter “como incontroversa a relevância da discussão”. Em razão disso, o membro do Tribunal Pleno do Judiciário considerou prudente oportunizar ao governador espaço para manifestação. O desembargador ainda pediu que o chefe do Executivo seja notificado com urgência. Definido por sorteio, Moesch negou uma liminar da oposição ao governo Leite contra a tramitação acelerada do novo Código Ambiental. A decisão proferida na quarta-feira (11) permitiu a inclusão do projeto na pauta da Assembleia, que acabou aprovando a medida.

Regime de urgência

Em regime de urgência, os projetos de lei têm prazo de 30 dias para ser votados. Além disso, o debate vai diretamente para o plenário da Assembleia Legislativa, sem passar pelas comissões temáticas do parlamento. A deputada Juliana Brizola é uma das críticas ao pacote do governo. A trabalhista diz entender que os textos encaminhados pelo governador  Eduardo Leite “afrontam e desmantelam o serviço público como um todo”.

Juliana Brizola ainda justificou a judicialização da pauta dos projetos. “A justiça é o último esteio da democracia e estamos dispostos a irmos às ultimas consequências na busca pelo que é certo”, pontuou. “Os estatutos se equiparam a códigos por terem a mesma amplitude, portanto, entendemos que não cabe regime de urgência”, disse a deputada do PDT.

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