Esposas de policiais militares passaram a tarde desta quarta-feira em frente ao 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), em Porto Alegre, em protesto contra o pacote do governo de Eduardo Leite, que prevê mudanças nas carreiras e na previdência do funcionalismo. Durante a manifestação, não houve bloqueio de entrada e saída de viaturas do quartel, situado na avenida Praia de Belas.
“Foi tudo tranquilo, pacífico”, relata o comandante da unidade, tenente-coronel Luciano Moritz, que até ofereceu água aos manifestantes em função do calor. “É um grito de alerta, para mostrar a questão à população e que a família está ao lado dos brigadianos”, explica a presidente da Associação Recreativa Cultural Beneficente das Esposas dos Policiais Militares e Policiais Femininas de Nível Médio do RS (AESPPOM), Claudete Valau.
Conforme Claudete, os policiais militares gaúchos não podem fazer greve. “Mas falamos para o Luciano que se eles não podem fazer greve, nós vamos trancar os portões”, ameaçou a presidente, que pretende que a entidade faça isso na segunda-feira, dia 16. “Até lá, nós vamos ficar cada dia em frente a um quartel. Nesta quinta-feira nosso destino provavelmente seja o 11º BPM”, adiantou.
Na terça-feira, policiais civis decidiram pela greve, que só ocorre se os projetos entrarem na pauta, e fizeram uma caminhada desde o Palácio da Polícia até o Piratini. A previsão inicial é de que o conjunto de propostas do Executivo seja apreciado a partir do dia 17 e dure três dias. A partir de então, o pacote passa a trancar a pauta da Assembleia Legislativa.