Polícia Civil: servidores decidem por greve assim que pacote entrar em votação

Servidores fazem caminhada em direção ao Palácio Piratini

Foto: Divulgação/Ugeirm/Arquivo

Em votação unânime, servidores da Polícia Civil ligados ao Sindicato dos Agentes de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) decidiram pela deflagração de greve. A assembleia ocorreu início da tarde em frente ao Palácio da Polícia, no bairro Santana, em Porto Alegre, e contou com cerca de três mil pessoas, conforme a Ugeirm.

A previsão é de que os funcionários cruzem os braços a partir do momento em que o pacote de urgência do governo Eduardo Leite, que provoca alterações na aposentadoria e nas carreiras do funcionalismo, entrar na pauta da Assembleia, o que pode ocorrer a partir da terça que vem.

O sindicato estima que seja “maciça” a adesão ao movimento. “O que temos aqui hoje é uma representação de coesão dos policiais de civis. Veio gente dos quatro cantos deste estado. Acho que a adesão será maciça, pra não dizer unânime”, disse o presidente do Ugeirm, Isaac Ortiz.

Segundo ele, deve ser mantido efetivo de 30% para atendimento de ocorrências graves, como quando envolvem crianças, idosos e mulheres. Ocorrências simples podem ser feitas pela internet, no serviço Delegacia Online.

Após a assembleia, os servidores partiram em caminhada pela Avenida João Pessoa, tendo como destino o Palácio Piratini, na região Central de Porto Alegre.

O grupo chegou à Praça da Matriz – palco de ato unificado de outras categorias, durante a manhã. Parte dos sindicalistas cantou a o verso “você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”. O “homenageado” era o vice-governador e secretário de Segurança Ranolfo Vieira Jr., que é delegado de polícia.