Exercício ilegal da medicina é alvo de campanha do Simers

Dermatologia e oftalmologia representam juntas 60% dos casos de exercício ilegal da medicina, aponta presidente do Simers

Marcelo Matias, presidente do Simers, faz alerta sobre o exercício ilegal da medicina | Foto: Divulgação/Simers
Marcelo Matias, presidente do Simers, faz alerta sobre o exercício ilegal da medicina | Foto: Divulgação/Simers

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul lançou, nesta segunda-feira, uma campanha contra o exercício ilegal da medicina. A entidade disponibiliza um canal na internet para que os pacientes possam fazer suas denúncias. Os casos são apurados por médicos e advogados e, se comprovada a irregularidade, encaminhados às autoridades.

Nas últimas semanas, o Simers denunciou duas pessoas ao Ministério Público e à Secretaria de Saúde de Portão, cidade do Vale do Rio dos Sinos. Um optometrista (profissional responsável por medições de amplitude visual) e um farmacêutico estariam realizando procedimentos privativos de médicos. Em Marau, no Norte gaúcho, a entidade denunciou uma odontóloga pelo mesmo problema.

Riscos do exercício ilegal da medicina

O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul explica que a ação não é corporativa, mas com o objetivo de garantir a saúde das pessoas. O médico Marcelo Matias ainda faz um alerta para que o paciente não se deixe atrair por propagandas ou ofertas baratas. “A população precisa sempre ter a certeza da formação do profissional que vai executar determinado procedimento”, afirmou.

O presidente da entidade destacou duas áreas nas quais é maior a incidência de profissionais que realizam o exercício ilegal da medicina. A dermatologia e a oftalmologia totalizam 60% dos casos denunciados, de acordo com o Simers. A realização de procedimentos estéticos também preocupa a entidade. “A gente tem certeza que vai, com o andar da carruagem, aparecer um número muito maior, não só de denúncias, mas como de fatos concretos”, projetou Matias. O presidente do Simers ainda citou cirurgias vasculares e de varizes, “que são frequentemente tratadas ou pseudo-tratadas por profissionais não habilitados para tanto”.

O link para a realização de denúncias pode ser encontrado no site do Simers. Além disso, o paciente também pode enviar fotos e vídeos pelo e-mail [email protected].