Laudo mostra que duas vítimas morreram asfixiadas em baile funk

Morte pode ter sido causada pelo pisoteamento ou por agressão. Laudos necroscópicos de todos as vítimas serão revelados em breve pela polícia

Foto: Reprodução Redes Sociais

O laudo necroscópico de duas das nove vítimas do tumulto no Baile da Dz7, em Paraisópolis, após ação da Polícia Militar, mostra que ambas morreram por asfixia mecânica. O pisoteamento ou alguma agressão podem estar entre as causas das mortes, que não tiveram revelados mais detalhes. As informações foram obtidas pela Record TV.

O pisoteamento é apontado pelos agentes que estiveram na ocorrência como a causa da morte dos nove jovens na madrugada do último domingo. Uma investigação na Corregedoria da Polícia Militar apura o episódio, assim como um inquérito, a partir da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Como parte das investigações sobre a tragédia, os vídeos produzidos por moradores da região serão periciados para que se determine quando ocorreram as gravações. Novas imagens de ações policiais violentas na comunidade já causaram o afastamento de outro policial, gravado agredindo pessoas indefesas em outubro deste ano, segundo a polícia.

André Baitello, cirurgião, explicou que o pisoteamento pode matar as vítimas em casos de pisões fortes no pescoço, ao “afundar a traqueia, matando a pessoa por asfixia”. Ele afirmou que são necessários mais detalhes sobre as lesões, detalhando o tipo de agressão sofrida.

Desde janeiro de 2019, a PM realizou 7.597 operações em bailes funks e pancadões, em mais de 14 mil pontos de São Paulo. As ações mobilizaram 95.706 policiais e 37.445 viaturas, o que resultou na prisão de 1.275 pessoas e mais de 1,7 tonelada de drogas apreendida, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).