Deputados estaduais do PSL participam do lançamento de novo partido

Tenente Coronel Zucco, Capitão Macedo e Vilmar Lourenço devem aguardar possibilidade legal para trocar o PSL pela Aliança pelo Brasil.

Trio do PSL na Assembleia deve migrar para a Aliança pelo Brasil | Foto: Nataniel Corrêa/Gab. Dep. Vilmar Lourenço/ALRS
Trio do PSL na Assembleia deve migrar para a Aliança pelo Brasil | Foto: Nataniel Corrêa/Gab. Dep. Vilmar Lourenço/ALRS

Os três deputados que compõem a bancada do PSL na Assembleia Legislativa participaram do lançamento da Aliança pelo Brasil, o novo partido do presidente Jair Bolsonaro. A sigla já realizou sua primeira Convenção Nacional, nesta quinta-feira (21), em Brasília. Tenente Coronel Zucco, Capitão Macedo e Vilmar Lourenço devem migrar para a legenda. No entanto, o mandato de parlamentares é do partido pelo qual foram eleitos. Por isso, o trio deve aguardar a possibilidade legal para concretizar a mudança sem o risco de perder a cadeira no legislativo.

O deputado Tenente Coronel Zucco confirmou o desejo de seguir o caminho de Bolsonaro. Entretanto, o parlamentar reconhece a dificuldade do partido em conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral para funcionar ainda em 2020. “Permaneço no PSL, respeito a sigla”, considerou. “Por uma questão de reconhecimento e de consideração àquele que foi o responsável pela minha caminhada política, quando possível, eu pretendo migrar”, revelou Zucco ao citar Bolsonaro.

Federais devem deixar PSL

Na Câmara dos Deputados, três dos quatro deputados federais eleitos pelo PSL no Rio Grande do Sul devem ingressar na Aliança pelo Brasil. Marcelo Brum, Bibo Nunes e Ubiratan Sanderson declararam que vão seguir os passos de Bolsonaro. Único a permanecer no PSL, o deputado federal Nereu Crispim vai seguir presidindo a sigla no Rio Grande do Sul.

Registro no TSE

A Aliança pelo Brasil ainda não obteve registro no Tribunal Superior Eleitoral. Para funcionar como partido, uma agremiação necessita coletar de cerca de 500 mil assinaturas físicas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Judiciário. O presidente Jair Bolsonaro comentou a possibilidade de reunir assinaturas virtuais para que a legenda dispute as eleições de 2020. “Caso contrário, nós só poderemos estar em condições de disputar as eleições, aquelas de 2022”, aventou.

Segundo Bolsonaro, o partido seguirá linha conservadora, respeitando religiões, valores familiares, legítima defesa, posse e porte de arma, além do livre comércio com outros países. O número da Aliança pelo Brasil nas urnas será o 38, em alusão ao revólver de  calibre conhecido como “três-oitão”.