Prédio do Hospital Fêmina vai entrar no Programa de Parcerias de Investimento do Governo Federal

Parceria prevê a transferência do hospital para um prédio que será construído na zona Norte da Capital

hospital fêmina
Imagem: Reprodução GHC

O prédio do Hospital Fêmina, localizado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vai  integrar o Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Governo Federal. Segundo o superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), André Cecchini, o local será entregue e, em troca, será construído um moderno hospital, de 19 mil m² na zona Norte da Capital.

“Não é uma venda. É um negócio de ativos da União em que fazemos uma parceria com setor privado no sentido de melhorar uma determinada situação. Nossa ideia já foi aprovada em primeira fase. Nós temos um ativo que é o Hospital Fêmina, um bem muito valioso do complexo GHC. Ele está localizado em uma região muito nobre da cidade, é um bem muito caro. O foco do nosso negócio é a saúde e o paciente. Nosso paciente é do Sistema Único de Saúde (SUS) e o bairro Moinhos de Vento perde essa característica de atender a população de baixa renda.  O nosso usuário está na zona Norte, na periferia e pequenas cidades sem atendimento de alta complexidade, que é nosso foco. Então , estamos levando o Fêmina, por uma questão logística, para a zona Norte. Com essa parceria conseguiremos instalações muito maiores”, salienta Cecchini.

A troca é uma espécie de permuta. A primeira etapa foi aprovada pelo Governo Federal em comissões comandadas pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. O superintendente salienta, no entanto, que não há prazos para a transferência do espaço e a construção do novo local. “Pessoalmente, eu diria que leva ainda, pelo menos, uns quatro, cinco anos”.

Cecchini citou como exemplo de negócio a construção da Arena do Grêmio, que deu o Estádio Olímpico como parte do pagamento. “A Arena é um estádio melhor, maior e mais moderno do que era o Olímpico. Mas o valor da área do Olímpico não paga a Arena inteira. Ele entra como pedaço de pagamento, há de se ter outras maneiras de subsidiar. É exatamente isso que estamos propondo. O terreno do Fêmina não paga a construção de um hospital nos moldes que queremos, então, se estuda modelos com algum setor privado que se interesse em fazer a construção e, em contrapartida, como parte dos recebimentos, aceite receber o prédio do Fêmina”, finaliza.