Nas urnas, nova sigla de Bolsonaro vai usar número 38

Presidente classificou o Aliança pelo Brasil como um "partido conservador, que respeita todas as religiões, dá crédito aos valores familiares e defende a legítima defesa"

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que o número do partido que pretende criar, o Aliança pelo Brasil, nas urnas, vai ser o 38. O anúncio ocorreu durante a live semanal transmitida no Facebook. Pela manhã, o presidente participou da 1ª Convenção Nacional da legenda, realizada em um hotel de Brasília.

Bolsonaro também admitiu que, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não autorize a coleta de assinaturas por meio eletrônico, o partido não deve estar homologado para disputar as eleições do ano que vem.

“Por ocasião das eleições do ano que vem, acredito que nós podemos ter o partido funcionando, desde que as assinaturas sejam de forma eletrônica. Caso contrário, nós só poderemos estar em condições de disputar as eleições, aquelas de 2022”, disse. “E o número escolhido é o 38. Tínhamos poucas opções e acho que o número 38 é mais fácil de gravar”, acrescentou.

Para a legenda Aliança pelo Brasil ser homologada e poder disputar as eleições, é necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados do país. As rubricas devem ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que o partido seja registrado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 termina em março.

O TSE analisa o assunto no âmbito de um consulta pública em andamento na Corte, apresentada pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) no fim do ano passado.

Partido conservador

Durante a live, Bolsonaro também destacou as principais características da nova legenda partidária. “Um partido conservador, que respeita todas as religiões, dá crédito aos valores familiares, defende a legítima defesa, defende a posse e o porte de arma com requisitos, o livre comércio com todo mundo, sem o viés ideológico”, disse.

Na semana passada, Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual se elegeu. A desfiliação ocorreu na terça passada. O grupo político mais próximo ao presidente, além dele próprio, vinha se desentendendo, nos últimos meses, com o fundador e presidente nacional da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE).

Segunda maior bancada parlamentar na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados, quatro deles do Rio Grande do Sul. No Senado, a legenda elegeu três integrantes.