Ditos e mexinflórios

"Este jornal vai ser feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção". Foto: Arquivo CP

Encontrei no Festival  “ETA em Canto, em Viamão recentemente, com o amigo José Luiz dos Santos, bancário aposentado, advogado, poeta e escritor e que me reportou alguns “pronunciamentos” recolhidos em suas andanças,  que publicou em seu livro “Tropeando lembranças”.

É comum a gente ver e ouvir pessoas usando palavras ou expressões erradas ou então proferindo-as em horas impróprias. Normalmente, são pessoas de pouca cultura que ouvem palavras bonitas e querem aplicá-las de qualquer maneira. Muitas vezes, o fazem dando sentido diferente daquilo que queria ser dito. Também tem aqueles que querem se engrandecer, mostrando que sabem tudo e acabam metendo os pés pelas mãos.

Pois bem, vamos então aos fatos , até certo ponto tragicômicos, mas verdadeiros:

Certa feita em São Nicolau, durante um evento em comemoração à Semana da Juventude, uma professora palestrou sobre problemas e alegrias da adolescência num abordagem corajosa sobre drogas, sexo, gravidez, etc. A palestra foi um sucesso.

Após o término, o Secretário de Administração, me larga essa pérola ao discursar representando o Prefeito Municipal. O tal vivente estufando o peito abre o bico e cacareja:

somente uma pessoa da sua “laia” poderia dizer umas coisas tão boas para essa  gurizada !”

Mesmo vermelha de vergonha, que nem um pimentão,a professora não perdeu a elegância e gentilmente agradeceu e, sob o pretexto que já era tarde se mandou à la cria para morrer de rir logo adiante.

E tem mais… Na solenidade de abertura de um programa de rádio de um famoso Banco no interior de Restinga Seca , um Secretário representando o Prefeito também me saiu com outra dessas de rachar o frontispício! Usando da retórica para enaltecer o espírito criativo do Banco ao criar tal convênio lascou dessa forma:” nossos parabéns ao Gerente do Banco que, num “raro momento de lucidez” criou este belo programa…”

Dizem que o gerente da época-que era uma vespa de brabo- dava pulos “desta altura”, pois, o “raro“mal colocado, o taxava de insano.

E mais uma pra encerrar: Determinado candidato a vereador em São Borja, durante um comício, produziu esse momento “uepa”, ao usar a palavra para criticar seus adversários: “Cadêles aqueles que vévem dizendo que alóitam pelo povo. Nóis temo aqui e eles cadêles?”

Foi eleito e posteriormente se bandeou da cidade e dizem até que “véve” hoje na  Austrália onde é criador de gado.

E tenho dito !

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