Antes de apresentar o pacote de leis da reforma de carreiras e da previdência do funcionalismo público, o governo do Estado explicou as mudanças a deputados estaduais. O encontro reuniu parlamentares no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Alguns parlamentares defenderam as medidas, enquanto outros saíram insatisfeitos com a falta de detalhes e a superficialidade do que foi exposto.
Críticas da oposição
Ao menos dois nomes da oposição foram ao encontro. Na saída, o deputado Fernando Marroni (PT) acusou o governo de transferir a culpa da crise aos funcionários públicos. O petista ainda reclamou do baixo impacto da reforma sobre os que ganham mais. “O governador não tradou daqueles que estão acima do teto, os ‘super-salários’ do Estado”, comentou. Marroni ainda afirmou que Leite “trata com naturalidade o calote que a União dá no Estado sobre as compensações da Lei Kandir”.
Projeções do governo
O líder do governo na Assembleia defendeu a apresentação do pacote. Frederico Antunes (PP) se disse otimista com a aprovação das medidas. O deputado disse que está aberto para ouvir sugestões dos demais parlamentares. “O nosso é fazer com que o objetivo do governo seja cumprido, ou seja, evoluir para zerarmos este déficit que está corroendo as iniciativas que são fundamentais serem praticadas”, avaliou.
Avaliação do presidente
O presidente da Assembleia, por sua vez, saudou a iniciativa do governo. Luís Augusto Lara é membro do PTB, partido do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior. O deputado pediu uma reforma moderada e que destrave as finanças do Estado. “Neste momento, fazer uma reforma do estado possível e que não mate o paciente”, sugeriu. “Por outro lado, destravar as amarras que não deixam nós termos competitividade”, completou.
O governador Eduardo Leite disse esperar que os deputados votem os textos da reforma ainda no ano legislativo de 2019. Sete das oito medidas do pacote vão tramitar em regime de urgência na Assembleia.