Pesquisa revela que pais não vacinam crianças por desinformação ou descaso no RS

Conforme os dados, 59% não buscam a vacina por esquecimento, medo de efeitos colaterais, falta de tempo e por não ter surto da doença

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Foto: Camila Domingues / Palácio Piratini / Divulgação

Uma pesquisa elaborada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Amostra Instituto revelou os motivos que fazem com que pais ou responsáveis não vacinem crianças de até seis anos no Rio Grande do Sul. Conforme os dados, 59% não buscam a vacina por desinformação ou descaso. O número reflete situações de esquecimento, medo de efeitos colaterais, falta de tempo e por não ter surto da doença, por exemplo.

A pesquisa, realizada entre 19 e 30 de setembro de 2018, entrevistou 1371 pessoas em 13 cidades gaúchas. Dos entrevistados, 90,3% são mulheres com até 24 anos, em 64,9% dos casos. Conforme o Instituto, quando perguntados, os homens não sabiam informar a situação vacinal dos filhos.

As principais vacinas em atraso são as da gripe, com 38,1%, seguido de sarampo, com 20,1%, febre amarela, com 18,5%, e varicela, com 12,3%.

Depois do descaso, 31% dos responsáveis alegam que não vacinam as crianças por questões de saúde. Os motivos elencados foram: criança doente, contraindicação médica, reações à vacina, enfermeira desaconselhou e alergia ao ovo. Outros 30% apontaram problemas na Unidade Básica de Saúde como impedimento, seja falta da vacina, horário de atendimento, localização ou atendimento.

A SES destaca que, quanto ao medo dos efeitos colaterais, as vacinas são seguras. A maior parte das reações, se acontecer, são leves e temporárias. Além disso, as crianças pequenas são as mais suscetíveis às doenças, pois suas defesas imunológicas não estão bem formadas. Desse modo, é fundamental seguir as recomendações contidas no calendário de vacinação.

Conforme a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, “o Estado, em conjunto com os municípios, pretende investir muito nas próximas campanhas de vacinação. Além disso, vamos criar mecanismos para que as pessoas possam tirar dúvidas e vamos apoiar os municípios de forma mais presente. Queremos força de trabalho das Unidades Básicas de Saúde e a capacitação das equipes. Também vamos buscar a extensão de horários nas unidades. Ao que nos parece, precisamos nos mobilizar, já que a maior parte das pessoas mostrou que não tinha informações objetivas em relação à importância da vacina”.