Desigualdade de renda entre homens e mulheres é de 15% no RS

Além de dados sobre desigualdade de renda, DEE apresentou números sobre trabalho e escolaridade no Rio Grande do Sul.

Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Os homens ganham salários, em média, 15% maiores do que as mulheres no Rio Grande do Sul. Apesar da diferença, os números apresentam uma retração no período entre 2012 e 2019. O momento de maior desigualdade de renda foi no ano de 2014, quando o saldo chegou a quase 20%.

Os indicadores apresentados, nesta quarta-feira, pelo Departamento de Economia e Estatística do Estado ainda mostram recortes por escolaridade. A maior diferença, de 34,6%, está entre homens e mulheres com Ensino Superior completo. Em sentido oposto, a menor desigualdade de renda está no segmento com Ensino Médio incompleto, onde homens ganham 17% a mais do que as mulheres com o mesmo grau de instrução.

Segundo o técnico do DEE, Raul Bastos, homens e mulheres com Ensino Fundamental completo foram os que tiveram maior incremento na renda por hora trabalhada entre 2012 e 2019. “O desempenho das mulheres, em termos de rendimentos, foi mais favorável do que aquele da população masculina”, completou o pesquisador.

Escolaridade e trabalho formal

O DEE também mediu o grau de escolaridade entre as pessoas com trabalho formal. Empregados com Ensino Médio completo representam quase a metade das carteiras assinadas no Rio Grande do Sul. Por outro lado, o número de pessoas que não completou o Ensino Fundamental caiu nos últimos 13 anos, representando hoje um a cada dez trabalhadores. O estado também registrou um aumento no número de profissionais com Ensino Superior completo, compondo 21% da força de trabalho formal.

O Rio Grande do Sul tem pequenas diferenças em comparação com o cenário nacional. No conjunto, o Brasil apresenta profissionais com escolaridade mais alta. Para o pesquisador Guilherme Xavier Sobrinho, um dos fatores de desvantagem do estado é o envelhecimento da população gaúcha. “Se percebe que as faixas etárias mais altas têm, em média, escolarizações mais baixas”, pontuou.

O Departamento de Economia e Estatística corresponde à antiga FEE. O órgão chegou a ser extinto no governo Sartori, mas foi reestruturado dentro da Secretaria Estadual do Planejamento no mandato de Eduardo Leite. Os dados completos da pesquisa estão no site da Seplag.