Instituto de Educação: protesto questiona paralisação das obras de escola

Movimento da comunidade escolar contou com o apoio da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) em Porto Alegre.

Movimento da comunidade escolar contou com o apoio da deputada federal Maria do Rosário | Foto: Alina Souza/Correio do Povo
Movimento da comunidade escolar contou com o apoio da deputada federal Maria do Rosário | Foto: Alina Souza/Correio do Povo

A paralisação das obras no Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, foi tema de protesto na manhã deste domingo. Professores, estudantes e pais reuniram-se para reivindicar a continuidade dos trabalhos. O ato contou com a participação de ex-alunos e ex-professores, além da deputada federal Maria do Rosário (PT).

Na entrada do prédio, os manifestantes colocaram uma faixa com a mensagem “A obra tem que continuar” e realizaram um abraço ao prédio. O diretor do Instituto de Educação, Wagner Inocêncio Cardoso, disse que a instituição de ensino está sendo atacada, desmontada e destruída em função de projetos aprovados que não são cumpridos. “São 150 anos de história que parecem que não contam para nenhum dos governantes que tivemos até agora”, lamentou. Segundo ele, a ideia da comunidade escolar é que a obra não seja paralisada. “Queremos que a escola seja devolvida à comunidade. A escola é um patrimônio histórico da cidade”, afirmou o diretor.

Conforme Cardoso, a obra está sendo abandonada pelo governo do Estado que não consegue retomar os trabalhos. Segundo ele, a empresa está desmobilizada e já começou a retirada dos trabalhadores. A previsão é que a vigilância permaneça no local até dia 30 de outubro. Os alunos que formam cerca de 50 turmas tiveram de se dividir e ocupar quatro locais diferentes: Instituto Estadual Rio Branco; escolas estaduais de ensino fundamental Roque Callage e Felipe de Oliveira e escola estadual professora Dinah Néri Pereira. “Queremos voltar”, acrescentou.

O Instituto de Educação General Flores da Cunha possui 1.360 alunos matriculados na educação infantil, ensino fundamental e médio, além de abrigar um centro de formação de docentes e a educação de jovens e adultos. A restauração do prédio inclui os telhados, móveis, redes de água, luz e esgoto, fachada externa e interna, salas e banheiros. “É um prédio de 1935”, recordou o diretor da escola, destacando que o mesmo é tombado pelo município e pelo Estado. De acordo com Cardoso, o Instituto de Educação General Flores da Cunha faz parte da história da educação do Rio Grande do Sul. “A obra é uma conquista da comunidade escolar e não podemos permitir que ela seja abandonada pelo governo do Estado e pela Secretaria Estadual de Educação”, acrescentou o diretor da escola.