O presidente Jair Bolsonaro viaja, na noite de hoje, para um roteiro de dez dias que visa reforçar laços comerciais com parceiros do Leste da Ásia e do Oriente Médio. Ele cumpre agendas no Japão, na China, nos Emirados Árabes Unidos, no Catar e na Arábia Saudita. Segundo integrantes do governo, o presidente quer sinalizar para o mundo que o Brasil está comprometido com o ambiente de negócios, o programa de reformas e a abertura econômica.
Bolsonaro sai da Base Aérea de Brasília às 22h de hoje. Depois de escalas em Lisboa (Portugal) e Nursultan (Cazaquistão), ele chega a Tóquio, às 13h de domingo (20), horário local. A programação do presidente brasileiro prevê ainda participação no evento de entronização do imperador Naruhito, na terça-feira.
Na quarta-feira, Bolsonaro participa de um banquete oferecido a todos os presidentes pelo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. No mesmo dia, se reúne com membros do grupo de notáveis, formado pelos dirigentes das principais empresas do Japão (Mitsui, Toyota, Honda e Mitsubishi, por exemplo).
Na quinta-feira, a delegação brasileira segue para Pequim. Na China, Bolsonaro cumpre programa de encontro com autoridades do país asiático, em 24 e 25 de outubro. Na visita à China, o presidente dá prosseguimento a uma extensa agenda de visitas mútuas de autoridades dos dois países.
Juntos, Japão e China investem em média US$ 100 bilhões por ano no Brasil. A Ásia lidera as exportações e importações da balança comercial. Só nos primeiros nove meses de 2019, 40% das exportações brasileiras foram destinadas à região, ao mesmo tempo em que 33% das importações brasileiras vieram da Ásia.
Metade árabe
Em seguida, no sábado, Bolsonaro segue para Abu Dhabi, dando início à metade árabe da viagem. Depois da visita aos Emirados Árabes Unidos, o presidente segue para Doha. Ele passa a manhã e a tarde do dia 28 na capital do Catar e, em seguida, embarca para Riad, na Arábia Saudita, onde fica até o dia 30.
Na passagem pelo mundo árabe, a pauta brasileira também vai ter viés comercial, de acordo com o Itamaraty. Nesse sentido, o destaque fica para o aumento das exportações da agropecuária brasileira, a atração de investimentos para os projetos de concessão e privatização de ativos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), além do interesse árabe na indústria de defesa do Brasil.