Destituída pelo presidente Jair Bolsonaro da liderança do governo no Congresso, nesta quinta, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que sai do cargo com dever cumprido e que “sabia” do risco de “traição”. Em uma série de mensagens compartilhada no Twitter, ela considerou ter tido desempenho fundamental para aprovar reformas durante o ano e disse que ganhou “alforria” e mais tempo para cuidar do mandato e dos planos de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2020.
“Deixo a liderança no Congresso com dever cumprido. Articulei Reforma da Previdência em todo país, aprovei o PLN q deu ao PR @jairbolsonaro R$248 BI e o salvou de um impeachment, contive inúmeras crises. Ñ me importo com a ingratidão. Meu couro é duro. Sigo pelo apoiando O BRASIL!”, escreveu.
A deputada afirmou ainda que trabalhou intensamente “para salvar o governo de crises, aprovar pautas importantes para o país, apagar incêndios durante todos esses meses”. E garantiu: “Nada me abala. Todas as vezes que tentaram puxar meu tapete eu caí para cima!”. “Não nasci líder, não preciso disso”, completou.
Por fim, a ex-líder do governo no Congresso garantiu que segue firme no combate à corrupção e que vai manter o apoio a Bolsonaro “enquanto ele realmente quiser combater a corrupção, sem jeitinho, sem flexibilIzar, sem carteiradas, sem protecionismo a quem quer que seja. Se houver esse compromisso mantido com o Brasil, seguiremos juntos”.
O cargo ocupado pela deputada passa a ser exercido pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Em meio à crise do PSL, a situação de Joice ficou insustentável, nessa quarta-feira, quando assinou uma lista de apoio à permanência do deputado Delegado Waldir (GO) na liderança do partido na Câmara. De outro lado, o presidente fazia articulações a fim de ver um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), ocupando a função.
