Venezuela nega responsabilidade por petróleo derramado no Brasil

PDVSA condenou "afirmações tendenciosas que pretendem aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio contra o povo" venezuelano

Foto: Adema/Governo de Sergipe

A estatal petroleira PDVSA negou, nesta quinta-feira, responsabilidade pelo derramamento de petróleo registrado na costa do Brasil, após o Ministério do Meio Ambiente afirmar que o líquido preto que chegou às praias “muito provavelmente” veio da Venezuela. “A PDVSA nega categoricamente as declarações do ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a Venezuela de ser responsável pelo petróleo que contaminou as praias do nordeste do Brasil desde o começo de setembro”, afirmou a petroleira em um comunicado.

A empresa considera “infundadas” as afirmações do Brasil, “já que não existe evidência alguma de derramamento de petróleo nos campos petrolíferos da Venezuela que pudesse ter gerado danos ao ecossistema marinho do país vizinho”. Na quarta, Salles disse que as manchas que apareceram em cerca de 130 praias do Brasil “muito provavelmente” vêm do país vizinho, em meio à pior crise socioeconômica de história recente do país.

A PDVSA afirmou que não recebeu nenhum relatório de clientes ou de filiais “sobre uma possível avaria, ou derramamento, nas proximidades da costa brasileira, cuja distância de nossas instalações petroleiras é de aproximadamente 6.650 km, via marítima”. “Condenamos essas afirmações tendenciosas que pretendem aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio contra nosso povo”, afirmou a PDVSA em alusão às sanções do governo norte-americano.

As manchas de petróleo foram encontradas ao longo de 2 mil km de costa do Nordeste brasileiro. Especialistas consultados advertem que os resíduos de petróleo põem m risco ecossistemas muito sensíveis, como praias, mangues e recifes.