Corteva forma primeira turma da Academia de Liderança das Mulheres do Agronegócio

Iniciativa é uma parceria da Corteva com Fundação Dom Cabral e a Associação Brasileira do Agronegócio e tem como objetivo capacitar mulheres que atuam no agronegócio

Formatura da Academia de Mulheres. Foto: Tiago Martinez./Divulgação

Aproveitando o 4º Congresso de Mulheres do Agronegócio (CNMA), que aconteceu nos dias 8 e a 9 de outubro em São Paulo, a Corteva Agriscience realizou a formatura da primeira turma de 20 mulheres que participaram da Academia de Liderança das Mulheres do Agronegócio.

A iniciativa é uma parceria da Corteva com Fundação Dom Cabral (FDC) e a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). O objetivo é capacitar mulheres que atuam no agronegócio.

“Neste ano trabalhamos uma turma com perfil homogêneo, produtoras rurais com atividades dentro da propriedade. São administradoras, lidam com financeiro e atividades técnicas. Trabalhamos três módulos considerando o perfil delas. Como era um projeto pequeno, queríamos esse grupo homogêneo e entrevistamos mulheres como se fosse uma seleção de emprego. Pretendemos ampliar o número de mulheres para a próxima turma e formar um grupo heterogêneo. Mas, precisaremos de uma programação que atenda todas. Estamos estudando um novo conteúdo”,  destaca Rosemeire Santos, Gerente de Relações Governamentais da Corteva.

Um dos motivadores da Academia foi uma pesquisa divulgada em 2018, como explica a Diretora de Comunicação da Corteva na América Latina, Vivian Bialski. “Realizamos uma pesquisa, há quase um ano, em 17 países com 4,2 mil agricultoras. Dessas, 500 são brasileiras. As principais conclusões foram que 90% das brasileiras se sentem orgulhosas de trabalhar no agro. A história seria muito bonita se parasse por ai, mas tem outro lado. Embora se sintam orgulhosas, isso não reflete satisfação. No Brasil, 77% ainda sentem desigualdade de gênero no campo, menos de 50% delas falaram que se sentem ouvidas e empoderadas. Metade também acha que a remuneração não é igual aos homens”.

O relato de quem participou

Rosi Cerrato, da fazenda Cerrato, atua na Bahia e no Piauí. Ela prestigiou o congresso e contou como foi participar da primeira turma de mulheres da academia.

“Participar da Academia foi fantástico. Foram 20 mulheres escolhidas a dedo e foi uma troca de experiencia muito grande. Ouvimos muito sobre governança, e nossos preços são através de commodities, então se não tiver essa troca de experiencia, os contatos, a dificuldade na compra de produtos aumenta. A Corteva veio para fazer a união de mulheres”.

Rosi é neta de agricultores do Paraná. Natural de Ponta Grossa, sua história no campo começou cedo. ‘‘Além do meu avô, meu pai era fazendeiro e eu casei com engenheiro agrônomo. Ele foi pra Bahia 25 anos atras e nos tornamos produtores. Temos dois filhos fazendo agronomia e também participamos de associação. É essa interação que faz a diferença no nosso setor. Somos quem leva o café da manha, o almoço e a janta para as pessoas no nosso país”

Sobre ser mulher no campo, destaca que o machismo depende do setor. Em associações que atua, 90% dos participantes e a diretoria são compostas por homens. Ela diz que muitas vezes ouve expressões como ‘‘mas, é uma mulher?”. “Hoje, os homens enxergam melhor a diferença do trabalho de uma mulher, principalmente no olhar sobre as coisas. Temos uma visão mais ampla”, finaliza.

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