As recentes informações de que o presidente Jair Bolsonaro deve deixar o PSL repercutem no Rio Grande do Sul e podem provocar mudanças na composição das bancadas do partido. O deputado estadual Tenente-Coronel Zucco (PSL), que está, hoje, em Brasília para audiência no Ministério da Educação, disse que o clima é difícil, em função de recentes manifestações de colegas de sigla. “Confesso que esse partido é imaturo”, resumiu.
Zucco disse acreditar que Bolsonaro deve realmente deixar a sigla. Nesse movimento, outros deputados gaúchos do PSL também podem seguir o mesmo caminho. No caso da Assembleia Legislativa, a bancada atualmente soma três representantes. Dois já deram esse indicativo. Além de Zucco, Vilmar Lourenço pode acompanhar o presidente Jair Bolsonaro. “Estamos conversando e esse é o cenário”, ressaltou.
Na Câmara dos Deputados, Bibo Nunes, que teve diversos atritos com integrantes da sigla, em especial o presidente nacional do PSL, e Ubiratan Sanderson também podem deixar o PSL. Na bancada federal, o PSL registra quatro representantes, incluindo Nereu Crispim, presidente da sigla no RS, e Marcelo Brum.
É preciso prudência
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, que retorna de uma viagem à Alemanha, disse que o momento é de prudência. Ele ressaltou que o “mandato é do partido e que nenhum deputado pode sair sem a autorização do partido e dos suplentes (tendo coligação)”. Ele reforçou que, segundo a legislação eleitoral, a “janela” para trocas ocorre apenas em março de 2021.
“Já mudei três vezes de partido com o Presidente, mas tem questões legais que tem que ser respeitadas, fui muito bem recebido no PSL, acho que o momento é de prudência, existe uma legislação que tem que ser cumprida”, afirmou o secretário. Irigaray enfatizou ainda que a principal pauta do governo deve ser a economia do Brasil. “Essa pauta (política) foi muito ruim neste momento”.
