Bolsonaro x PSL: “o partido do presidente é o Brasil”, sustenta ministro-chefe da Casa Civil

Ainda não há confirmação, mas expectativa é de que Jair Bolsonaro migre para a UDN

Bolsonaro x PSL:
Bolsonaro x PSL: "o partido do presidente é o Brasil", diz ministro-chefe da Casa Civil. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, nesta manhã, que “o partido do presidente Jair Bolsonaro é o Brasil”. A declaração ocorreu, hoje, durante entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba, enquanto rumores sobre a saída de Bolsonaro do PSL seguem tomando corpo. Algumas fontes já dão como certa a saída do presidente da sigla pela qual se elegeu, após uma série de desgastes com lideranças e demais membros do partido.

Ainda não há confirmação, mas a expectativa é de que Jair Bolsonaro migre para a UDN. A  agremiação, extinta em 1965, ainda aguarda homologação oficial por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para retornar à política.

Lorenzoni ainda reforçou que “o presidente tem um senso de missão espetacular” e que “os valores e princípios da campanha seguem presentes no trabalho do núcleo duro do governo”. Disse que o time de ministros segue trabalhando unido, e lamentou aquilo que classificou como “antagonismo da imprensa durante os oito anos de mandato” – uma alusão à busca pela reeleição por parte de Bolsonaro.

Vazamento de óleo

Lorenzoni também garantiu que o governo vem usando toda tecnologia disponível para fazer a retirada do óleo vazado no litoral nordestino. O ministro disse que, logo após a retirada dos resíduos, a substância vai ser analisada para que se identifique a origem e se bus eventuais punições. Contudo, “a preocupação é a preservação dos espaços impactados, é preservar a vida humana e animal”, declarou.

Crise nas penitenciárias do Norte

O ministro-chefe da Casa Civil também comentou as denúncias do Ministério Público Federal de violações dos direitos humanos em penitenciárias do Pará. Os crimes foram supostamente cometidos pela Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, encaminhada ao Estado pelo Ministério da Justiça após massacres em cadeias do Norte do país. Lorenzoni disse que o governo vem tendo “sucesso na desarticulação de organizações criminosas, e que a preocupação da gestão é combater o crime organizado”.

Sobre as suspeitas, disse que “tudo precisa ser apurado em profundidade”, e que o governo “não teme a verdade”. Alegou que “excessos” ou que não estão dentro daquilo que é preconizado pelo governo serão apurados e eventualmente punidos, mas que é preciso “ir devagar com o andor”.