Funcionários do Imesf definem estratégias para paralisação a partir de quarta

Greve deve durar, inicialmente, três dias. Estratégia é tentar angariar apoios comunitários para aumentar pressão sobre o governo

Foto: Fabiano do Amaral/CP

Trabalhadores do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família (Imesf) farão uma caminhada que parte da Prefeitura de Porto Alegre e segue até a Câmara de Vereadores, na quarta-feira. O ato integra as ações programadas para os três dias da greve, que vai começar no mesmo dia, em protesto contra o fim do Instituto, anunciado em 17 de setembro após um decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a lei que criou o órgão, em 2011.

Desde o anúncio do fim das atividades do Imesf, os trabalhadores iniciaram uma série de protestos, inclusive com fechamento de postos de saúde. Nesta segunda-feira, a direção do Sindisaúdde/RS esteve reunida com representantes de funcionários que fazem a atuação junto a líderes comunitários, nos bairros. A estratégia agora é tentar angariar apoio dessas lideranças para aumentar a pressão sobre o governo. Durante o encontro, realizado na Igreja da Pompéia, no Centro de Porto Alegre, foram definidas as primeiras ações que serão tomadas pelo grupo.

Na quarta-feira, ocorre uma reunião entre vereadores da Frente Parlamentar em Defesa da Estratégia Saúde da Família, membros do Ministério Público (MP/RS), Ministério Público do Trabalho (MPT/RS) e Tribunal de Contas da União (TCU), além de sindicalistas e representantes dos 1,8 mil funcionários do Instituto.

A caminhada, com previsão de concentração a partir das 8h, até o parlamento municipal é uma estratégia que visa pressionar o governo e os outros envolvidos na questão para se encontrar uma solução para o caso. O Sindisaúde defende a transformação do Imesf em uma empresa pública com a permanência dos funcionários contratados pelo órgão.

Porém, o presidente eleito do sindicato, Julio Jesien, reclama da falta de diálogo por parte dos gestores do município. “Não há interesse do prefeito em conversar com as lideranças e os trabalhadores”, critica o sindicalista.