Polícia Federal investiga fraude de R$ 70 milhões na concessão de seguro defeso

Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul

Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal deflagra na manhã desta quinta-feira a terceira fase da Operação Timoneiro, que investiga fraudes envolvendo a concessão de Seguro Desemprego de Pescador Artesanal, conhecido como Seguro Defeso. Cerca de 40 policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nas cidades de Almeirim e Monte Dourado, no Pará, e em Laranjal do Jari, no Amapá, expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul.

Os integrantes da organização criminosa investigados nesta fase formam o núcleo de fornecedores de dados cadastrais de potenciais recebedores do Seguro Defeso. Com essas informações, servidores públicos que detinham acesso ao sistema de concessão do benefício incluíam as informações para que pessoas que não teriam direito passassem a receber esses recursos. Pelos valores apurados até o momento, estima-se que a fraude se aproxime dos R$ 70 milhões.

Aos investigados que não tiveram a prisão preventiva decretada, foram impostas medidas cautelares diversas, como recolhimento domiciliar em período integral com monitoramento eletrônico. Os crimes investigados na terceira fase da Operação Timoneiro são organização criminosa, corrupção ativa e estelionato qualificado.

Investigação

As operações Timoneiro e João XXI, deflagradas em abril e julho de 2018 e que subsidiam a ação hoje, tiveram início a partir de um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego que identificou 6.988 requerimentos de “Seguro Defeso” com indícios de irregularidade. Nas fases anteriores à deflagração de hoje, nove servidores públicos e outras dez pessoas foram presas preventivamente e indiciadas.