As cidades de Alvorada e Caxias do Sul serão as primeiras do Rio Grande do Sul que terão, a partir do próximo ano, instituições de ensino contempladas pelo Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira pelo secretário estadual da Educação, Faisal Karam, juntamente com o autor do projeto de lei que cria as escolas no Estado, deputado estadual tenente-coronel Zucco (PSL). Entretanto, os nomes das instituições serão revelados no próximo dia 27 de setembro.
Conforme a Seduc, serão duas escolas estaduais, sendo uma em cada cidade, que receberão monitores no formato do programa. As direções das instituições já aceitaram a implantação e irão assinar o termo de adesão nos próximos dias.
De acordo com Karam, a escolha das cidades de Alvorada e Caxias do Sul ocorreu com base no Programa RS Seguro e nos baixos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Nossa prioridade são os municípios que integram o programa transversal do governo, o RS Seguro. Também consideramos importante contemplar escolas localizadas em zonas de vulnerabilidade social”, disse o secretário estadual da Educação.
Como critérios, o governo federal exige que as instituições escolhidas pelos estados tenham de 500 a mil alunos, e contemplem estudantes do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental e/ou o Ensino Médio. O formato piloto já deve começar em 2020, e prevê investimento de cerca de R$ 1 milhão por escola. Os recursos são oriundos do governo federal. A intenção do Ministério da Educação é implementar, nacionalmente, mais de 200 Escolas Cívico-Militares em todos as unidades da federação até 2023. No próximo dia 18 de outubro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deverá vir ao Rio Grande do Sul para tratar sobre a implantação do programa no Estado.
A partir da divulgação das escolas, a Secretaria Estadual da Educação dará início ao processo de seleção dos monitores. Um edital deverá ser publicado até o mês de novembro para que logo em seguida esses profissionais possam iniciar um estágio e estarem aptos para começar as atividades no início do próximo ano letivo.
Os monitores, homens e mulheres, serão escolhidos através de pontuações conforme sua formação e experiência. Militares inativos terão preferência para não desfalcar o trabalho das polícias. Entretanto, militares da ativa também poderão participar do processo de seleção. Os selecionados irão receber um reforço salarial que será pago pelo governo federal.
O que é a Escola Cívico-Militar?
O objetivo do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares é resgatar alguns princípios como disciplina, ordem e valorização dos símbolos da pátria. É um modelo de estrutura educacional que trabalha com civis na parte de ensino e pedagógica e com militares que colaboram na formação dos cidadãos. Atividades buscarão incorporar aos alunos atitudes e valores de cunho social, familiar e patriótico. A intenção do programa também procura resolver pequenos conflitos que serão prontamente gerenciados, para a garantia da proteção individual e coletiva visando a disciplina geral da escola.
O que faz um monitor Cívico-Militar?
O monitor é responsável por realizar atividades cívicas, sempre externas à sala de aula. Ele deve ensinar, demonstrar e dar exemplos de sinais de respeito e atitudes para com os colegas e professores. Atuará preventivamente na identificação de problemas que possam influenciar no aprendizado e na convivência social do cidadão em desenvolvimento. Aplicará as sanções e recompensas previstas em regulamento próprio, de forma a preparar o aluno para as responsabilidades da vida adulta. Acompanhará a vida escolar do aluno, identificando desvios que possam influenciar de forma negativa sua formação como aluno e cidadão. Também irá auxiliar, como fator de dissuasão, na segurança das instalações, alunos e professores.
