O Banrisul informou por meio de “fato relevante” que diminuiu a quantidade de ações que serão ofertadas na bolsa de valores de São Paulo, assim como o cronograma para negociação dos papéis. O comunicado foi divulgado na madrugada desta quarta-feira no site do banco.
Anteriormente, o Palácio Piratini havia anunciado a venda pulverizada de um lote de 96 milhões de ações (com direito a voto) para amanhã. Mas, o total de papéis colocados à venda diminuiu para 71 milhões. A medida ocorreu devido à redução na demanda entre investidores. Hoje, o valor médio da ação é de R$ 22. Com isso, a estimativa de arrecadação passa a ser de aproximadamente R$ 1,6 bilhão.
A intenção do governo estadual era lucrar R$ 2,2 bilhões, com a venda de 96 mi de ações. Nos bastidores, o Executivo trabalha com a intenção de utilizar os recursos para colocar em dia o salário do funcionalismo, atrasado há 46 meses. Em média, a folha do funcionalismo é superior a R$ 1 bilhão.
O comunicado ao mercado atende as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e informa que o cronograma de negócios com os investidores termina hoje. Assim, as negociações das ações na bolsa de valores de São Paulo estão previstas para ocorrer nesta sexta-feira. O Banrisul segue com o controle estatal do banco, pois detém 200 milhões papéis desse tipo.
No fim de julho, quando a Justiça suspendeu as transações, as ações do Banrisul tinham valores médios de R$ 25. A maior cotação foi registrada em março, quando os papéis bateram a casa dos R$ 26.
Em leilão realizado em abril, a venda de um lote residual de 2.056.962 ações PNB (sem direito a voto) do Banrisul foi concluída com preço a R$ 24,10. O momento também foi considerado favorável pelo Executivo, que garantiu resultado acima da expectativa inicial. Na ocasião, o valor bruto da operação chegou a R$ 49,5 milhões.