O problema da manutenção de presos aguardando vagas em presídios persistia, nesta quarta-feira, no pátio do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, e em 12 delegacias da região Metropolitana. Viaturas da Brigada Militar permaneciam retidas, nessa manhã, no espaço do IPF, no bairro Partenon, onde é realizada a custódia. De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), havia 241 presos aguardando transferência, em Porto Alegre e cidades do entorno, no início da tarde.
A transferência de dez presos do IPF, na noite dessa terça-feira, pouco alterou o cenário. Com isso, em vez de atuarem nas ruas, os PMs se mantêm no trabalho de escolta. Além disso, nas DPs, não há condições adequadas de higiene e alimentação.
Conforme a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar, a situação sanitária é preocupante. “Os espaços estão lotados novamente. Se está ruim para os presos, para os policiais não está nada bem. Muitos detentos ficam dias sem banho devido à falta de chuveiros. Só há banheiros químicos disponíveis. Além disso muitos já chegam doentes”, ressalta o diretor de assuntos políticos da entidade, sargento Ricardo Agra.
PM adquiriu conjuntivite
Recentemente, um PM adquiriu conjuntivite no pátio do IPF. A Susepe, porém, descartou a existência de algum surto. Os detidos em viaturas foram levados para a área na segunda quinzena de julho após ficarem meses nas ruas, no entorno do Palácio da Polícia, inclusive na avenida Ipiranga.