O presidente do PSDB em Porto Alegre, vereador Moisés Barboza, rebateu, na noite de hoje, as declarações do vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), e da executiva do Partido Progressista, que mais cedo criticou duramente a postura do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) por ter demitido os últimos integrantes do PP da administração municipal.
Em nota, Moisés Barboza sustenta que o PP de Porto Alegre induziu Gustavo Paim ao erro. “Ninguém do gabinete do vice prefeito foi desligado. Isso foi combinado na quinta à tarde, entre o prefeito e o vice que seria tratado pessoalmente entre os dois, no retorno de Paim ao Brasil”, cita o documento, publicado em redes sociais no início da noite.
Na manifestação, o vereador tucano também contextualiza os últimos fatos, dizendo que Paim havia sido avisado, em 4 de agosto, que, em função das atividades do PP, “todos os progressistas iriam ser convidados a se retirarem do governo”. Na ocasião, segundo Barboza, o vice-prefeito concordou em não barrar as exonerações. “Diante de um partido que age como oposição, sem se importar sequer com o próprio vice-prefeito, que administra a cidade conjuntamente”, prossegue Barboza.
Sobre as afirmações do PP:https://t.co/c6mx8lv8Xm
— MOISÉS BARBOZA (@MOISESBARBOZA) September 6, 2019
O presidente municipal do PSDB recorda ainda que a situação se complicou há algum tempo, especialmente porque a bancada progressista deixou de apoiar o governo. “O PP municipal agiu em desrespeito ao regimento, à lei, à determinações judiciais, e validou, de forma velada ou aberta, através de seus vereadores, pedidos de impeachment e até abertura de CPIs, culminando com uma representação no Ministério Público”, salienta.
Moisés Barboza cita ainda outro impasse, envolvendo o fato de a presidente da Câmara dos Vereadores, Mônica Leal, não ter concedido acesso a gravações internas da Casa em 19 de agosto, quando o pedido de impeachment mais recente chegou ao Protocolo do Legislativo. “Todo o diálogo com o PSDB e com esse governo tem seus limites na lei, no interesse público e no bem comum. A lealdade também se limita a essas regras. Desleal e não republicano é ferir esses valores. Se o PP esperava algo além disso, está aí o motivo de se sentir traído”, pontuou.