A taxa de desemprego do país recuou para 11,8% no trimestre finalizado em julho deste ano. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é inferior aos 12,5% do trimestre encerrado em abril deste ano e aos 12,3% de julho de 2018. A população desocupada ficou em 12,6 milhões de pessoas no trimestre finalizado em julho, 4,6% abaixo do trimestre encerrado em abril (menos 609 mil pessoas), mas estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.
Já a população ocupada ficou em 93,6 milhões de pessoas e chegou ao maior número da série histórica, iniciada em 2012. O contingente é 1,3% maior (mais 1.219 mil pessoas) do que em relação ao trimestre encerrado em abril e 2,4% superior (mais 2.218 mil pessoas) do que o trimestre encerrado em julho do ano passado.
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a população fora da força de trabalho chegou a 64,8 milhões de pessoas, número que permaneceu estável tanto na comparação com o trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (24,6%) caiu 0,4 p.p em relação ao trimestre anterior (24,9%) e manteve-se estável frente ao mesmo período de 2018 (24,4%). A população subutilizada (28,1 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e subiu 2,6% (mais 703 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.
Desalentados e empregados sem carteira assinada
Conforme o IBGE, o número de pessoas desalentadas somou 4,8 milhões e não mostrou variação significativa em ambas as comparações. O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi de 4,4%, repetindo o recorde da série e mantendo a estabilidade nos dois comparativos.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada foi de 33,1 milhões de pessoas, ficando estável nos comparativos. Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada (11,7 milhões de pessoas) atingiu novo recorde, subindo nas duas frentes: 3,9% (mais 441 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,6% (mais 619 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
O número de trabalhadores por conta própria (24,2 milhões) bateu novo recorde da série histórica e subiu nas duas comparações: 1,4% (mais 343 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
Renda
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.286,00 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 208,6 bilhões no trimestre até julho, alta de 2,2% ante igual período do ano anterior.