“Hoje, temor é zero, mas e daqui a cinco, três ou dois anos?”, questiona Onyx sobre “guerra” pela Amazônia

Taxativo, ministro da Casa Civil declarou que "ninguém vai botar a mão aqui"

Ministro-chefe da Casa Civil, Onyz Lorenzoni. Foto: Lucas Rivas

Cumprindo agenda oficial em Porto Alegre, nesta sexta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu que “ninguém vai botar a mão aqui” ao falar sobre a crise ambiental que se instalou na Amazônia. Líderes do G7, como os primeiros-ministros do Canadá e do Reino Unido, a chanceler da Alemanha e o presidente da França se manifestaram publicamente, pedindo mobilização global contra os incêndios que atingem a floresta tropical.

Após ter participado, na noite passada, de uma reunião de emergência, convocada pelo presidente Jair Bolsonaro, que discutiu as queimadas na Amazônia, Onyx confirmou que o Palácio do Planalto vai reestruturar o Exército, Marinha e a Aeronáutica, já que não descarta, futuramente, a possibilidade de o Brasil declarar guerra, tendo como pano de fundo a internacionalização da região. “Hoje, o temor é zero, mas e daqui cinco, três ou dois anos?”, indagou.

Em termos bélicos, Onyx ainda disse que as Forças Armadas do País foram destruídas pelos governos anteriores. “Não aguentaríamos um conflito mais do que um mês”, afirmou, atribuindo o sucateamento às gestões de FHC, Lula e Dilma Rousseff. “Eu jamais vou perdoar o que o PT fez. Perdoar o PT seria a mesma coisa que perdoar os nazistas”, argumentou. Em Porto Alegre, o ministro participou hoje de um evento do setor da construção civil.

Na quinta, o presidente francês Emmanuel Macron instou o G7, que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a fazer uma reunião de emergência em função das queimadas na Amazônia. “Nossa casa está pegando fogo. Literalmente. A floresta amazônica — o pulmão do planeta que produz 20% do nosso oxigênio — está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa situação emergencial em dois dias”, escreveu no Twitter o chefe do Palácio dos Eliseus.

Inconformado com a declaração, Onyx rebateu. “Primeiro: Macron usou fake news porque a foto é velha. Segundo: ele está sendo mal assessorado. Terceiro: quando ele fala em nossa casa, nossa Amazônia, que negócio é esse? Ele recuperou o velho coronelismo francês? Espero que não”, respondeu.

A cúpula do grupo ocorre entre amanhã e segunda-feira no balneário francês de Biarritz, um dos destinos prediletos da realeza europeia. Atualmente na presidência do grupo, a França anunciou que ações de preservação do meio ambiente serão prioridade.