Alvo de um pedido de impeachment, motivado pelas queimadas na Amazônia, o ministro do Meio do Ambiente, Ricardo Salles, teve a atuação defendida, nesta sexta-feira, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ao cumprir agenda em Porto Alegre, Onyx saiu em defesa de Salles, que teve o cargo colocado em xeque após a repercussão negativa do caso, que ganhou manchetes mundo afora.
Sem deixar de lado o revanchismo com as gestões passadas, Onyx assegurou que os últimos três ex-ministros do Meio Ambiente não podem ser comparados ao atual responsável pela Pasta. “Para quem teve Izabella, Zequinha Sarney e Minc, se botar todos eles juntos, não fazem uma perna do Ricardo”, disparou, em referência a José Sarney Filho, que comandou o Ministério no governo de Michel Temer, Izabella Teixeira, que ficou no cargo de 2010 a 2016, e Carlos Minc, que despachou entre 2008 a 2010.
Nessa quinta, a bancada da Rede Sustentabilidade protocolou, no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de impeachment do ministro Ricardo Salles, por crime de responsabilidade. O partido acusa a gestão do ministro de omissão diante do aumento das queimadas na Amazônia e perseguição a servidores, como o ex-chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, José Olímpio Augusto Morelli, que multou o então deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), por pesca irregular em Angra dos Reis, em 2012.
No Supremo, o caso vai ser relatado pela ministra Carmén Lúcia. Nesta sexta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), utilizou as redes socais para convocar a nação a protestar contra o desmatamento na Amazônia.
Na tarde deste sábado, uma manifestação ocorre no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Para domingo, foram programados atos em Caxias do Sul e Santa Maria.
