Em mais um dia de tensões no mercado, a moeda norte-americana voltou a subir e atingiu o maior valor em três meses. O dólar comercial encerrou a quinta-feira vendido a R$ 4,078, com alta de R$ 0,046 (+1,15%). A divisa atinge, com isso, o maior valor desde 20 de maio (R$ 4,105).
O dólar voltou a subir depois de dois dias seguidos de queda. A cotação aumentou mesmo com o Banco Central (BC) tendo vendido integralmente um lote de US$ 550 milhões das reservas internacionais, à vista. Até o dia 29, a autoridade monetária pretende vender até US$ 3,845 bilhões dos US$ 388 bilhões que o país mantém em reservas para segurar a cotação do dólar e diminuir os juros da dívida pública.
No mercado de ações, o dia também foi de ajustes. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou o dia em queda de 1,18%, aos 100.011 pontos. Ontem, o indicador havia subido em meio ao anúncio de que o governo quer privatizar mais nove estatais federais, incluindo os Correios e a Telebrás.
O mercado financeiro vem sofrendo fortes tensões nos últimos dias em meio aos temores de uma crise econômica global. Na semana passada, a China e a Alemanha divulgaram dados confirmando desaceleração. Nos Estados Unidos, os títulos públicos de curto prazo passaram a render mais que os papéis de longo prazo, o que costuma ocorrer em início de recessões.
