Assinado protocolo de intenções para integrar sistemas de transporte da Capital e da região Metropolitana

Estudo sobre principais problemas de mobilidade urbana, infraestrutura e logística deve ser apresentado em dezembro

Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Representantes do governo estadual e da Prefeitura de Porto Alegre assinaram, no início da noite desta sexta-feira, no Palácio Piratini, um protocolo de intenção para integrar os sistemas de transporte coletivo da cidade e da região Metropolitana. O acordo prevê a criação de um grupo de trabalho que vai avaliar os principais problemas de mobilidade urbana, infraestrutura e logística que comprometem a prestação do serviço.

O superintendente da Metroplan, Rodrigo Schnitzer, explica que em 45 dias deve haver avanço no acordo de cooperação técnica e a formalização de um plano de trabalho para discutir prazos e outras questões que envolvem desenvolvimento.

“Esse documento formaliza o início desse trabalho conjunto com estado e município. A interação é um elemento fundamental para avançar na qualificação do transporte em Porto Alegre e na região Metropolitana e representa um avanço importantíssimo para licitar o transporte da RM”, observa.

Além de avaliar elementos técnicos que identifiquem as possibilidades viáveis no que se refere à integração, ele frisa que o prazo para apresentar o estudo se encerra em dezembro. Levantamentos devem ser efetuados, nos próximos dias, em locais com maior movimento de usuários do transporte público.

Apesar de evitar colocar prazo para a integração do sistema de transporte público, Schnitzer reforça que a ideia é promover testes antes da implementação do sistema integrado. “Se houver condições técnicas de implementar projeto-piloto, conforme a conveniência, vamos testar”, complementa.

O secretário extraordinário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Rodrigo Tortoriello, disse que o objetivo é a ‘racionalização do transporte público’. “Existem superposições de linha e ineficiência do sistema quando se trata de várias linhas chegando ao mesmo local e passando pelo mesmo eixo”, considera.

Ele reconheceu, ainda, que o transporte passa por uma crise no país. “Precisamos de um sistema competitivo e eficiente para que o cidadão volte a ser cliente. Não podemos chamá-lo de passageiro ou usuário”, finaliza.