Adolescente de 17 anos é apreendido e confessa ataque em escola de Charqueadas

Polícia não confirmou a identidade do jovem

Foto: Ricardo Giusti/CP

Um adolescente de 17 anos apreendido pela Brigada Militar nesta quarta-feira confessou ser o responsável pelo ataque com uma machadinha no Instituto Estadual de Educação Assis Chateaubriand, em Charqueadas, na região Carbonífera. De acordo com o subchefe de Polícia do Rio Grande do Sul, delegado Fábio Motta Lopes, o jovem alegou que sofria bullying quando era aluno da instituição e disse ter se inspirado no ataque à escola estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), que deixou sete mortos em março.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, que viajou a Charqueadas, acompanha a situação. Vítimas reconheceram o agressor. A polícia não confirmou a identidade do menor, recolhido cerca de três horas após a invasão e encaminhado à delegacia do município, acompanhado de familiares.

Após o ataque, o jovem seguiu para a casa do pai, que é separado da mãe, trocou de roupa e confessou o que havia feito. O homem, então, ligou para a Brigada Militar e entregou o filho.

Perto das 13h10min, o adolescente invadiu a escola, que fica no bairro Vila Aços Finos Piratini, e atacou estudantes. De acordo com uma nota emitida pelo governo estadual,  ficaram feridos quatro estudantes, com idades entre 12 e 13 anos, mas nenhum com gravidade. Dois deles sofreram lesões e outros dois, escoriações. Os quatro foram atendidos no hospital do município e receberam alta. Outras duas alunas sofreram desmaios e também receberam atendimento. Todos vão ser ouvidos pela Polícia Civil e passarão por exames de corpo de delito.

De acordo com o chefe do Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade, Maurico Naatz, o agressor tinha um galão de gasolina nas mãos e tentou atear fogo em um ambiente. “Espalhou por uma das salas e deu golpes em um painel elétrico para ver se conseguia causar um incêndio, mas não conseguiu”, comentou.

Um professor de educação física desarmou o agressor, que fugiu pelo portão principal. Na escola, foram encontradas garrafas de vidro vazias, possivelmente usadas para fabricar coqueteis molotov, além de um isqueiro.

A escola atende cerca de 700 alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico e funciona nos três turnos do dia.