Mercado Público da Capital registra furto de dez mangueiras de combate a incêndio

Crime é registrado poucos meses após liberação do PPCI por parte do Corpo dos Bombeiros

Foto: Joel Vargas/PMPA

Poucos meses após o Mercado Público de Porto Alegre vencer a batalha para obter o esperado Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), os permissionários se veem envolvidos em outro impasse: furtos no interior do prédio. Nos últimos dias, a Associação dos Permissionários comunicou aos bombeiros e ao Ministério Público (MP) o desaparecimento de dez mangueiras de incêndio, levadas do segundo pavimento do local. E a audácia dos criminosos parece não ter limites. Além dos itens de segurança, dois assentos de privadas foram furtados apenas duas horas após serem instalados no banheiro feminino do edifício.

“As mangueiras não são simples, de plástico, elas são de combate a incêndio, com ponteiras grandes e pesadas, não tem como carregar com facilidade”, lamenta Adriana Kauer, presidente da Associação dos Permissionários. A respeito dos assentos, se disse chocada com a atitude, acrescentando que “muitas vezes as pessoas criticam as coisas que são feitas ou que não são feitas, mas também é preciso entender que o público faz mau uso da estrutura”.

Adriana reforça que os permissionários se uniram para agilizar o processo. “Todo o PPCI está sendo feito com recursos dos lojistas, que pagam mensalmente um valor que vai para um fundo de manutenção do Mercado. Nós temos transparência total em todos os processos que fazemos, e vamos buscar a reposição do material roubado. Por que estamos fazendo? Porque queremos agilizar”, finalizou.

De outro lado, os permissionários comemoram a chegada de um novo sistema anti-fogo, que também é uma das exigências em aberto do PPCI. A expectativa é que os equipamentos cheguem na semana que vem, e que a instalação se inicie imediatamente. “Vai ser um sistema todo informatizado, sem fio, com um telão que vai permitir analisar cada local em tempo real. Nós quisemos investir no que há de melhor”, ressaltou Adriana.

O PPCI foi liberado em abril, mas algumas adequações ainda estão em curso, como saídas de emergência e iluminação. O prazo para a conclusão dos trabalhos se encerra em novembro.

O Mercado não conta com câmeras de monitoramento. Sobre a presença de seguranças, Adriana lembra que até 2006 quem fazia a gerência do serviço de limpeza e segurança era a Associação, através de convênio com o município, e que essa tarefa agora está a cargo da Prefeitura. À época, a presidente recorda que eram 28 seguranças atuando no local.

A Prefeitura garante que são 22 seguranças no local, sendo nove pela manhã, nove à tarde e quatro à noite.