A carga de 359 kg de pasta-base de cocaína encontrada, nessa manhã, no fundo falso de um caminhão, tinha potencial para render R$ 21 milhões, em valores de varejo, se transformados em pó e acrescidos de outras substâncias, para revenda. A avaliação é do diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Vladimir Urach. O policial estima que cada quilo da droga valha em torno de R$ 20 mil e que o prejuízo dos traficantes, apenas com a pasta-base, ultrapasse R$ 7 milhões. Convertida em cocaína em pó, a pasta-base rende três quilos – o que triplica também o lucro.
A apreensão, que é a maior do ano no Rio Grande do Sul, ocorreu após o setor de inteligência da Polícia Rodoviária Federal receber denúncias sobre um caminhão suspeito. A abordagem ao veículo ocorreu no km 80 da FreeWay, em Gravataí, por volta das 4h. Os agentes utilizaram cães farejadores para verificar a existência da droga, Localizada em um fundo falso confundido com a lataria do caminhão. No compartimento, havia 350 tabletes de entorpecentes, além de uma pistola e três silenciadores.
De acordo com a PRF, o caminhão era emplacado em Xanxerê, Santa Catarina, mas o entorpecente vinha embarcado desde o Mato Grosso do Sul, de onde partiu o veículo. O motorista não soube explicar a origem da droga. Preso, ele vai ser enquadrado por tráfico internacional de drogas.
A PRF encaminhou a droga à sede da Polícia Federal em Porto Alegre. A PF tenta chegar, agora, aos compradores da carga e identificar como a droga entrou no Brasil. A suspeita é que a pasta-base tinha como destino a região Metropolitana.
