“Otimizar Hospital da BM significa liberar leitos SUS”, aponta Comissão de Saúde da AL

Para funcionar a pleno, HBM precisa de mais funcionários e nova área de traumatologia

Foto: Osmar Nólibus / BM

Otimizar o Hospital da Brigada Militar (HBM) significa liberar mais leitos SUS à comunidade. Essa foi uma das constatações levantadas pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa em audiência pública sobre o futuro dos dois hospitais da BM no Estado. Conforme a Comissão, pelo menos 420 profissionais precisam ser contratados e uma nova área de traumatologia necessita ser criada para que os hospitais operem em plena forma.

O vice-presidente da Comissão, deputado Dr. Thiago, ressaltou que, a partir do momento em que todos os policiais possam ser atendidos no setor de traumatologia nas instituições próprias, haverá liberação de leitos SUS nos demais hospitais. “Hoje, em uma situação de ferimento, o policial vai para um hospital ocupar vagas que poderiam ficar abertas se o setor de trauma estivesse funcionado”, disse o parlamentar, ressaltando que muitas vezes o PM é encaminhado e atendido no mesmo local que o bandido envolvido na ocorrência. “Além de tudo, é uma questão de segurança”, ponderou.

Para que esse setor seja aberto no HBM, os deputados acreditam ser necessário um montante aproximado de R$ 70 mil, demanda que também será encaminhada para o Estado. Para tanto, além do governo estadual, o IPE deve ser chamado ao debate, a fim de buscar as melhores soluções para as demandas em aberto.

A falta de profissionais é outro entrave: o governo do Estado autorizou, ainda em abril, a contratação temporária de 190 oficiais e praças para atuação nos hospitais da Brigada Militar na Capital e em Santa Maria. Na audiência, porém, ficou posto que o número necessário desses profissionais é maior, chegando a 190 oficiais (médicos, enfermeiros, psicólogos) e 230 praças (técnicos em enfermagem, radiologia, nutrição).

As discussões, conforme o parlamentar, começam já na semana que vem. Desde janeiro, há atraso nos repasses para o HBM, resultando em falta de profissionais e restrição de atendimento a conveniados do IPE que não sejam militares ou familiares diretos destes. Em Porto Alegre, a casa realiza cerca de mil atendimentos mensais.