A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou, nesta terça-feira, um convite para que a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) — candidata a vice-presidente na chapa derrotada do petista Fernando Haddad ao Palácio do Planalto — esclareça o envolvimento com hackers que acessaram supostas conversas de aplicativos de mensagens de autoridades dos Três Poderes. O convite – diferente da convocação – não obriga Manuela a comparecer, mas a deputada já postou, no Twitter, que vai “vai amar” falar sobre os “crimes cometidos pelo Estado brasileiro”.
Vocês acham que:
1) vou amar ir na Câmara falar sobre crimes cometidos por autoridades do Estado brasileiro?
2) vou amar bastante ir na Câmara falar sobre os crimes cometidos por autoridades do Estado brasileiro? pic.twitter.com/tiUv8xxfRH— Manuela (@ManuelaDavila) 13 de agosto de 2019
No requerimento, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) disse que o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, no inquérito que investiga a invasão dos celulares, citou o fato de Manuela ter sido a responsável por intermediar o contato com o jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil e autor de reportagens sobre o assunto.
As reportagens mostraram mensagens atribuídas ao hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz federal Sergio Moro, e a procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, indicando uma suposta cooperação indevida entre eles.
O ministro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens.