Dólar volta a operar em alta e ultrapassa os R$ 4

Primárias na Argentina e tensão comercial entre Estados Unidos e China influenciam a moeda norte-americana

Confronto atingiu bolsas de diversos países Foto: Marcos Santos/USP Imagens/CP

A disputa comercial entre Estados Unidos e China e o resultado das eleições primárias na Argentina voltaram a influenciar o dólar, que nesta terça-feira ultrapassou a marca de R$ 4. Por volta das 10h, a moeda norte-americana apresentou variação de 0,55%, chegando ao preço de 4,005 para a venda.

O mercado de câmbio já havia registrado nessa segunda-feira um ambiente de nervosismo, principalmente por conta do pleito na Argentina. A vitória de Alberto Fernández sobre Mauricio Macri, ainda que nas primárias, gerou um temor no que diz respeito ao eventual anúncio de medidas econômicas no cenário doméstico. A moeda norte-americana superou a marca dos R$ 4, mas à tarde, fechando em alta de 1,09%, o preço à vista foi encerrado em R$ R$ 3,9834, o maior nível desde 28 de maio, quando terminou em R$ 4,02.

Com a inesperada vitória por ampla margem nas eleições primárias de domingo do candidato peronista Alberto Fernández, que tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner, o peso despencou e o mercado brasileiro de câmbio foi pego de surpresa. Operadores relatam que pela manhã dessa segunda faltou dólar no mercado, pois não havia vendedores da moeda americana.

Além da tensão entre Estados Unidos e China e das primárias da Argentina, os protestos em Hong Kong também estão contribuindo para a variação do dólar. Ontem, mas manifestações ajudaram a estimular a fuga de ativos de risco e fortalecer o dólar diante de moedas emergentes.