Em novos trechos de supostas conversas em grupos de Telegram da Força Tarefa da Operação Lava Jato, obtidas pelo The Intercept Brasil e publicadas nesta sexta-feira pelo site do jornal El País, os procuradores fazem críticas à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Em diálogos ocorridos – conforme o site – em junho de 2018, os procuradores debatem estratégias para pressionar Dodge a resolver “pendências” relacionadas a delações premiadas, entre elas a do empresário Léo Pinheiro, testemunha-chave de uma das condenações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das estratégias, sugerem as conversas, era vazar trechos à imprensa “em off” – sem a revelação da fonte da informação – um modo “mais agressivo” de pressão, na avaliação do chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Ainda de acordo com o El País, Dodge era tratada como um “entrave” pelos procuradores da Lava Jato e uma espécie de “inimiga” da operação.
Em trechos mais recentes, de março de 2019, a força-tarefa cita que Raquel Doge enviou um link de uma nota do jornal O Globo, relatando atritos entre ela e o “pessoal de Curitiba”. Deltan a responde, em tom formal, negando ter passado informações à imprensa.
