Com CNH suspensa, bancário que atropelou ciclistas em 2011 é pego em blitz

Ricardo Neis segue em liberdade, já que ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça

Foto: Tarsila Pereira / CP Memória

A Polícia Civil de Osório confirmou que uma blitz, durante a semana, flagrou o bancário Ricardo Neis – condenado a 12 anos e 9 meses de encarceramento por atropelar 17 ciclistas do grupo Massa Crítica, em Porto Alegre – dirigindo pela BR-101, no litoral Norte.

Neis teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa pela Justiça. Uma blitz de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Osório, abordou o bancário na segunda-feira.

Detido pelos policiais rodoviários, Neis acabou levado à Delegacia de Polícia de Osório, onde assinou um termo circunstanciado por crime de uso de documento cassado, conforme o artigo 307 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O delegado João Henrique Almeida, da DP de Osório, explica que por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, liberou o bancário. Um parente com CNH em dia se deslocou ao local para conduzir o veículo.

Conforme o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), a multa para motoristas flagrados dirigindo com a CNH suspensa é considerada gravíssima. O valor da autuação é de R$ 880,41.

Em 8 de março, o Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu a prisão do bancário determinando a execução provisória da pena, após o último recurso da defesa ter sido negado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ). No dia seguinte, porém, a Corte negou o pedido de prisão.

Neis ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça. Enquanto isso, o acusado continua em liberdade. O atropelamento coletivo ocorreu em fevereiro de 2011, no bairro Cidade Baixa.

*Com informações do repórter Felipe Samuel