Governo comemora resultados de programa focado em reduzir crimes nas 18 cidades mais violentas do RS

Foram priorizados no programa os municípios que apresentaram os piores índices de criminalidade nos últimos dez anos

Foto: Ananda Müller/Rádio Guaíba

O governo estadual apresentou, hoje, os índices de criminalidade do mês de julho e comemorou a continuidade da redução dessas taxas no Rio Grande do Sul. Na ocasião, foram frisados os dados referentes aos 18 municípios integrantes dos ciclos de Gestão de Estatística em Segurança Pública (GESeg), projeto que abrange as cidades mais violentas do Rio Grande do Sul. O projeto se inspirou em modelos norte-americanos e compõe o Eixo 1 do RS Seguro, que busca diminuir os principais indicadores criminais nessas regiões.

Foram priorizados no programa os municípios que, nos últimos dez anos, apresentaram os piores índices de criminalidade: Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão, Canoas, Guaíba, Alvorada e Sapucaia do Sul, Esteio e Gravataí (região Metropolitana); São Leopoldo e Novo Hamburgo (Vale do Sinos); Caxias do Sul (Serra); Passo Fundo (Norte); Santa Maria (Centro); Rio Grande e Pelotas (Sul); Tramandaí e Capão da Canoa (litoral Norte).

Os trabalhos focaram em três eixos comuns (crimes violentos letais intencionais, roubo a carros e roubo a pedestre), acrescidos de um indicador local (que varia entre crimes relativos ao comércio ou estabelecimento de ensino, transporte, roubo a residência e furto de veículos). O monitoramento e as ações destinadas ao combate a esses crimes são realizados através da Unidade de Coordenação do Programa do RS Seguro, do Observatório da Secretaria de Segurança Pública, Brigada Militar, IGP e Polícia Civil, que elaboraram processo com ciclos mensais para análise, compartilhamento e avaliação das ações.

O monitoramento mostrou que, em julho, o número de vítimas de homicídios no RS caiu de 171 no ano passado para 139 em 2019, uma redução de 18,7%. No acumulado do ano, foram 326 assassinatos a menos em solo gaúcho: são 1.109 assassinatos, contra 1.435 em 2018 – uma diminuição de 22,7%.

Nos 18 municípios do GESeg essa taxa caiu 31,9%, passando de 955 mortes no ano passado para 650 em 2019. Na prática, significa dizer que 90% das vidas que foram poupadas no Rio Grande do Sul, nesses sete meses, estão nesse grupo.

Alvorada

Recentemente, a cidade da região Metropolitana ficou entre as seis mais violentas do Brasil, conforme o Atlas da Violência 2019. Os dados usados no estudo, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), levaram em consideração índices de 2017, quando o município registrou cerca de 100 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2019, se mantiver os níveis de queda apresentados até aqui, a esperança é de que esse índice seja de 51,6 para cada 100 mil – quase 50% a menos em dois anos.

Ainda assim, a média vai continuar bem abaixo do limite estipulado pela ONU para que, em Alvorada, a violência não seja considerada uma epidemia: para a Organização, esse limite é de 10 assassinatos a cada 100 mil habitantes.

Porto Alegre

Na Capital, que também integra o grupo de 18 municípios, o início do segundo semestre manteve o padrão dos primeiros seis meses do ano, com queda nos índices de criminalidade. Apenas um destoou: os ataques a banco subiram de 12, em 2018, para 13 em 2019. Em julho, Porto Alegre teve 10 mortes a menos do que no mesmo mês do ano passado: foram 24 em 2019 contra 34 em 2018. No ano, foram 200 assassinatos, contra 357 em 2018.

Roubos a banco

Em todo o Rio Grande do Sul, foram registrados 101 ataques a banco em 2018, contra 68 neste ano, dando conta de uma redução de aproximadamente 33%.