Decreto permite que policiais e bombeiros da ativa atuem em escolas em todo o País

Objetivo do ministério é padronizar ações em 203 escolas cívico-militares, além de criar mais 108

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Policiais militares e bombeiros militares da ativa poderão atuar em escolas públicas estaduais e municipais, de acordo com um decreto presidencial publicado hoje no Diário Oficial da União. A nova regra permite que eles atuem nas escolas cívico-militares, ou seja, que tenham a gestão compartilhada entre civis e militares.

As escolas cívico-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. A partir do decreto publicado nesta quinta-feira, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, os militares poderão voltar a compor o quadro da ativa.

Ao todo, o Ministério da Educação (MEC) pretende implementar mais 108 escolas cívico-militares até 2023. A estimativa da pasta é que 20 militares sejam destacados para cada mil alunos em uma escola.

O MEC pretende ofertar cursos para ambientar os policiais e bombeiros, assim como os docentes e diretores ao novo modelo. Atualmente, há no Brasil, de acordo com a pasta, 203 escolas cívico-militares. Esses modelos, no entanto, foram criados por estado, cada um de maneira peculiar. O objetivo do ministério é padronizar as ações.

Meio ambiente
Além de permitir a atuação de policiais e bombeiros nas escolas, o decreto permite que esses profissionais atuem também em órgãos do Poder Legislativo federal, estadual, distrital ou municipal. Permite ainda que atuem em unidades de conservação integrantes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc). Pela Lei 9.985/2000, essas unidades podem também servir para proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando o conhecimento e a cultura dessas pessoas, promovendo-as social e economicamente.