Suspeitos de invadir celular de Moro são transferidos a Brasília

Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, não é investigado, revelou a PF

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Os quatro suspeitos presos hoje pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de invadir o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, serão transferidos para Brasília, onde vão prestar depoimento.

Mais cedo, eles foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto. De acordo com as investigações, o grupo integra uma “organização criminosa que pratica crimes cibernéticos”. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

Os 11 mandados foram emitidos pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. Os detalhes da investigação serão mantidos em segredo de Justiça até amanhã, às 12h.

A operação ganhou o nome de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Glenn não é investigado

Em ofício encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, informou que o jornalista Glenn Greenwald não é investigado no caso. Glenn é um dos editores do site The Intercept Brasil, que divulgou mensagens atribuídas ao ministro Moro. As informações fazem parte de uma ação na qual a Rede Sustentabilidade pretende saber se o jornalista é investigado no caso.