A deputada estadual Juliana Brizola (PDT) reforçou, durante o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, a intenção de disputar a prefeitura de Porto Alegre em 2020 pela sigla. Aos 43 anos, ela afirmou, nesta terça-feira, que aceitou o desafio e está estudando para se preparar. “Se os gaúchos entenderem que o caminho que a gente aponta para a cidade é o melhor, vou ficar muito feliz”, disse, explicando que a educação vai ser uma das pautas principais da campanha.
“Encaramos como um projeto que está posto em sucateamento, de perseguição aos professores, por pagar o salário parcelado, ou perseguição mesmo dentro da sala de aula. Temos instituições que foram referência e que hoje estão sucateadas”, defendeu a parlamentar.
Ela não poupou críticas a colegas que defendem o movimento Escola Sem Partido: “Parece que nunca foram dentro de uma escola. Não sabem que não há mais nada, falta papel higiênico, professor, merenda. Achar que lá dentro existe doutrinação é não querer enxergar qual é o problema”, argumentou. “A quem serve um povo sem escolarização? Por que essa afronta à ciência, à filosofia? Vamos resistir porque o povo brasileiro é um povo bravo”, afirmou.
Questionada sobre a possibilidade de uma união da esquerda para a eleição municipal, Juliana afirmou que não vê grandes chances de isso acontecer. “O problema é que só existe uma forma para o PT fazer isso acontecer, ser cabeça de chapa. Até com Brizola foi assim, ele foi vice do Lula”, relembrou.
Além disso, Juliana explicou, ainda, que há uma determinação nacional para que o PDT tenha candidatura própria em Porto Alegre. “Sou entusiasta disso como forma de crescermos. Para nós, que temos um candidato à presidência da República, isso é importante”, afirmou, referindo-se a Ciro Gomes. O cearense ainda não oficializou se concorre novamente ao cargo de chefe de Executivo nacional.
