Empresas que concorrem pelas obras do trecho 3 da Orla devem entrar com contrarrazões até o dia 26

Duas foram desabilitadas, mas recorreram

Foto: Guilherme Testa/CP

Termina em 26 de julho o prazo de entrega das contrarrazões das três empresas e um consórcio que tiveram as propostas de habilitação aprovadas para as obras de revitalização do trecho 3 da Orla do Guaíba. Depois disso, uma comissão ligada à Superintendência de Licitações e Contratos da Secretaria Municipal da Fazenda (SMF), procede o julgamento. No entanto, não há um prazo legal para que isso aconteça.

As empresas Toniollo Busnello, Sultepa, Construtora Pelotense e o consórcio DT Guaíba (DP Barros e Traçado) foram habilitadas e seguem participando do processo. Já as empresas Tecon – Tecnologia em Construções Ltda, e o Consórcio ACA/RGS (Portugal), foram desabilitadas e recorreram.

A área de intervenção do projeto é de 14,6 hectares ao longo da Orla, entre a foz do Arroio Dilúvio, na avenida Ipiranga, até o Parque Gigante, na avenida Beira-Rio. O projeto, de autoria do arquiteto Jaime Lerner, prevê aproximadamente 200 vagas de estacionamento no canteiro central da avenida Edvaldo Pereira Paiva, mais de 550 árvores dos tipos cedros, figueira, jerivá, cerejeira e coronilha, três estruturas de bares idênticas às já em funcionamento no trecho 1, quadras para prática esportiva, vestiários e a maior pista de skate da América Latina certificada pela Confederação Brasileira de Skate e pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Com investimento total estimado em R$ 57 milhões, a Prefeitura vai executar a obra com recursos provenientes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Fundo Municipal de Iluminação Pública e do Dmae. O restante vai ser pago pelo Tesouro Municipal. O trecho 1 da Orla do Guaíba, também projetado pelo arquiteto Jaime Lerner, foi entregue revitalizado em junho de 2018 entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias.

A área de lazer compreende 1,3 quilômetro desde a Usina do Gasômetro até a Rótula das Cuias. Os custos desse trecho foram de R$ 71 milhões, obtidos através do CAF. Pela Lei 12.402, de 23 de abril de 2018, o trecho foi batizado em homenagem ao médico e escritor Moacyr Scliar. O espaço conta com ciclovia e passeio público, mirante, quadras esportivas, ancoradouro para barcos de passeio turísticos, quatro bares e um restaurante panorâmico.

O Parque totaliza 56,7 mil metros quadrados. O segundo trecho planejado, entre a chamada Rótula das Cuias e o Anfiteatro Pôr do Sol, deve contar com espaços de lazer. Está previsto ainda um quarto trecho até o Arroio Cavalhada.